Esse de quem vos falo tem agora merecida fama, apesar de sequer ter conhecido o outro lado de onde sempre esteve. Bravo anônimo que dedicou todo o tempo que lhe foi conferido a zelar daquela casa vazia.
Alimentando guardiões e tecendo o manto da penumbra para profaná-los em silêncio. Acumulando nas extremidades poeira e massa enegrecida, observando cada movimento úmido das porções bem definidas.
Como um pilar abalado, uma farsa construída. Âncoras e escoras sustentando memórias parcialmente vitrificadas. Que não cominou prazos, nem teve pressa. E buscou respostas que, se não muito interessam, em nada alteram o conteúdo de uma página lida.
Houve marca de felicidade em cada azulejo que por hora o pertenceu. E como prova de fidelidade, aprisionou nas paredes seus fantasmas e melancolias.
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